terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cotidiano

Esses dias passava ao lado de um Campo Society de terra batida perto da minha casa e comecei a observar uma pelada de garotos. E num time sem camisa tinha um moleque de no máximo 13 anos que infernizava o time adversário. Driblava, tocava, chutava bem de longe. E na mesma hora lia uma matéria na qual o técnico do Flamengo, Andrade, dizia que a muito tempo o Fla não revelava um grande jogador. Sempre que ouço os garotos que tentam a vida no futebol sempre ouço a mesma reclamação. Que aqueles que possuem um poder aquisitivo maior em 90% dos casos levam vantagem. A figura do olheiro hoje deu lugar aos DVD´s. Não se vê mais ninguém observando guris nos campos de pelada. Só se vê o olho grande querendo transferências cada vez mais cedo para Europa. Falam de 2016, esquecem(ou forçam a esquecer) de 2012. Tem um monte de atletas perdidos pelos guetos. E os que estão no esporte sobrevivem nele sabe lá como. O esporte do Brasil sai pelo ralo assim como a maior parte dos nossos esgotos: sem tratamento adequado.

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